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segunda-feira, 2 de março de 2015

50 tons de René



O início do trabalho de René Simões, à frente do Glorioso, vem a cada dia encantando mais o torcedor alvinegro.

Totalmente coadunado com as diretrizes da nova gestão do clube, o experiente treinador permeia seu trabalho com uma tranquilidade que há muito não se via em General Severiano.

Seu discurso sempre cortês e respeitador, seja lá para quem for direcionado, ainda possui o viés impositivo  e duro quando necessário – vide as declarações acerca da substituição do Diego Jardel, no clássico de ontem ( http://www.fogaonet.com/semcategoria/rene-fica-na-bronca-e-manda-recado-ao-insatisfeito-diego-jardel-no-time-mando-eu/ ).

No primeiro jogo em que o Botafogo foi testado por um dos grandes cariocas, René colheu o que plantou nos 50 dias anteriores: Sucesso.

O conhecimento do time, a confiança,  a identificação das qualidades e deficiências que cada um do elenco possui, os ‘pés no chão’ de maneira a não sonhar e sim extrair o melhor que o grupo pode render parecem ser, até o momento, a base mais sólida dessa nova comissão técnica. Junte a isso a torcida extremamente comovida com o afago recebido pela demonstração de gana e esforço contínuos, no intuito de se alcançar uma qualidade e resultados além daqueles simplesmente vinculados  ao reconhecimento dos nomes dos jogadores ou suas avaliações medianas, ou piores que isso, seja por parte da imprensa ou mesmo da crítica interior de cada torcedor.

Fato é que René Simões, com seu falar calmo e extremamente próximo do torcedor, tocando-o de maneira profunda quando trata com o respeito e orgulho  a torcida e tudo o que diz respeito ao Botafogo de Futebol e Regatas,  já cativou e ganhou a confiança dos que ainda estavam desconfiados. Além disso, as posturas durante os jogos, as substituições e a demonstração evidente de um padrão de jogo, assim como opções devidamente treinadas, seja em jogadas de bolas paradas ou em mudanças táticas, convocam para que esse time e comissão técnica sejam fortemente abraçados.

No jogo desse último domingo, o Botafogo poderia voltar a experimentar um sabor conhecido por todos que compartilham seu amor: Frustração.  Uma derrota, ou que seja um empate, seriam resultados normais e até mesmo 'psicologicamente' esperados (no mínimo com um trabalho prévio de ‘manutenção dos pés no chão’ de cada torcedor, no intuito da desilusão não ser tão grande). Mas a vitória, e apenas ela, seria o fator garantidor da continuidade do bom momento para a tranquilidade do time, para o trabalho da comissão técnica e, enfim, para o gradativo aumento do apoio da torcida alvinegra, o que vem se traduzindo em números de associados ao plano de Sócio Torcedor – FUNDAMENTAL para a recuperação do clube.

E ela veio.

Depois de um primeiro tempo que não chegou a ser tenso, por nenhum perigo real levado à meta de Jefferson (seja pela falta de chegadas perigosas do Flamengo ou seja pela má qualidade de seus atacantes nos momentos raros em que a finalização poderia ser perigosa ) mas foi incômodo, o Botafogo conseguiu equilibrar o meio-de-campo e passou a ter as oportunidades mais objetivas e claras de gol.

O que foi aquela falta cobrada pelo lateral Carleto? Os treinos estão fazendo efeito!

Aos 37 do segundo tempo, Tomas (que até agora é chamado de Tomas e Tomás, dependendo do narrador do jogo) fez a festa da torcida alvinegra, num petardo fortíssimo que, se foi parado pela trave, de tão lindo buscou o goleiro adversário para encontrar as redes.

O que foi aquela falta cobrada pelo Gegê? Os treinos estão fazendo efeito!²

Fim de jogo, e a certeza de que o caminho certo está sendo trilhado. O apoio que continue, e a torcida que se associe cada vez mais os planos de Sócio Torcedor. Os discursos que se mantenham alinhados e que o trabalho vença qualquer eventual artifício extra-campo (o que, diga-se de passagem, neste jogo não ocorreu).

As entrevistas do Jefferson e do René, no pós-jogo, são cada vez mais animadoras. E a dancinha do treinador no momento do gol?

No ano em que todas as lástimas eram previstas pra General Severiano, quem sabe não seremos a Fênix, de uma vez por todas, nesse renascimento para a Glória?


Saudações Alvinegras!

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