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domingo, 19 de junho de 2011

O Botafogo é uma MÃE!

Mãe.
Sim, aquela pessoa por quem temos o maior dos apreços. Aquela pessoa que nos acolhe nos momentos difíceis, dá o colo e nos protege de males e medos.
O Botafogo é uma mãe.
Mas não é a minha, a sua ou a mãe de qualquer um de nós, alvinegros. Infelizmente, nem metaforicamente podemos utilizar dessa opção para embelezar uma poesia de amor ao nosso clube. Seria equivocado demais.
Digo isso porque nos últimos jogos, últimos anos ou últimas oportunidades - o que preferir - o Botafogo tem sido uma mãe alheia, mãe rival. Mãe do 'framengo', é o que o nosso Glorioso tem sido.
O jogo de hoje foi uma apresentação, e infelizmente mais uma dentre tantas das quais fui testemunha nesses últimos anos, ridícula e vergonhosa.
Quem não conhece ou ignora o tamanho e virtudes da nossa história gloriosa pode, até mesmo, ter como conceito nossa atuação. Mas isso não é verdade. E é a distância monstruosa do que somos, para o como estamos, que me revolta e tira o meu sossego.
Um jogo em que o adversário, seja lá qual for, perde um jogador aos 20 minutos do primeiro tempo não pode, em qualquer possibilidade e situação, acabar com um 0x0. O nosso, hoje, acabou.
A substituição a ser feita, quase que imediatamente a meu ver, após a expulsão do 18 burro-negro seria a entrada de Lucas no lugar do nosso excepcional Alessandro. Nosso time atuava muito bem, com ataques pelo lado esquerdo bem trabalhados, e uma deficiência nítida no lado direito. O motivo: Alessandro. Esse careca é tido como um contrapeso no time, já que Caio "Harry Potter" Jr quer um time ofensivo, mas precisa manter algumas peças que saibam mais de marcação. E o careca da camisa 2 tem essa característica, nos olhos de nosso treinador. Logo, com um jogador a mais, poderíamos ter dado mais qualidade no lado direito, mais opções ao jogo, e um parceiro ao Maicosuel, que se escondia pela extrema direita e buscada o 1-2 com o Alessandro - que JAMAIS correspondia.

Nada feito. Intervalo e até então, nenhuma mudança. O Glorioso voltaria ao segundo tempo com duas modificações: Bruno Tiago no lugar de Lucas Zen (nosso camisa 8 já contava com um cartão, e eu entendi bem essa alteração) e; Alex no lugar de Elkeson - ?! - (eu tentei entender a modificação, vislumbrando uma eventual preservação do jogador em relação ao elenco, já que nosso camisa 9 vinha sendo individualista demais na parte final do primeiro tempo, e com essa alteração Herrera poderia jogar em sua função característica, rendendo mais que o até o momento).

O Botafogo continuou dominando, e do mesmo jeito, sem objetividade. Futebol é gol, e o time tem que jogar para isso. De nada adianta manter a bola no ataque, tocando de lado a lado na intermediária ofensiva, se não há (boas) conclusões ao gol.

A contusão do nosso excelente Cortês acabou por impedir qualquer modificação na estrutura do time, ou exterminou as chances do Herrera ser substituído. O argentino está, realmente, acima de qualquer paciência. Ele que se recupere treino-a-treino, e não nos jogos.

Além de tudo isso, Maicosuel ainda sente os esforços no jogo e se ausenta dos dois ou três minutos finais.

A mãe acolhedora do time da beira da lagoa (parafraseandro o mestre Roberto Porto, mais uma vez daria seu colo acolhedor ao filho, o protegendo de uma goleada, um vexame... uma vitória de bons tempos de Botafogo!

Em tempo: 1) Não há marketing que sobreviva à falta de bom futebol. O Mago precisa voltar a ter confiança, ou o marketing do clube precisa dar um tempo até que, naturalmente, nosso 7 volte ao ápice. Há um destempero entre a propaganda do craque e o que o craque demonstra em campo. E essa diferença, deixemos para o 'fra' e 'r10'.

2) Elkeson é o cara do time, hoje. Nenhuma justificativa em sua substituição, além de erro grotesco do treinador.

3) A ausência de Loco Abreu é a mais sentida de todas, no Botafogo. Deixamos de ser mãe do 'fra' na final de 2010 por conta de um culhão uruguaio. O culhão argentino só serve para esbravejar contra a arbitragem... E claro, consumir a capacidade de raciocínio do Herrera!

Saudações alvinegras... E que eu dê, gradativamente, menos importância ao Botafogo. Na boa, eu não aguento mais torcer para um time de postura tão completamente diferente da minha, e que 99% das vezes me frustra!

Em tempo 4) O que eu pedi acima não vai acontecer...rs. A coisa boa desse jogo de hoje foi uma evolução tática notória, ainda enquanto o jogo contava com 22 em campo. Isso é bom. É só não ter troca errada e haver barração de jogador que não rende que podemos melhorar mais!