O início do trabalho de René Simões, à frente do Glorioso, vem a cada dia encantando mais o torcedor alvinegro.
Totalmente coadunado com as
diretrizes da nova gestão do clube, o experiente treinador permeia seu trabalho
com uma tranquilidade que há muito não se via em General Severiano.
Seu discurso sempre cortês e
respeitador, seja lá para quem for direcionado, ainda possui o viés
impositivo e duro quando necessário –
vide as declarações acerca da substituição do Diego Jardel, no clássico de
ontem ( http://www.fogaonet.com/semcategoria/rene-fica-na-bronca-e-manda-recado-ao-insatisfeito-diego-jardel-no-time-mando-eu/
).
No primeiro jogo em que o
Botafogo foi testado por um dos grandes cariocas, René colheu o que plantou nos
50 dias anteriores: Sucesso.
O conhecimento do time, a
confiança, a identificação das qualidades
e deficiências que cada um do elenco possui, os ‘pés no chão’ de maneira a não
sonhar e sim extrair o melhor que o grupo pode render parecem ser, até o
momento, a base mais sólida dessa nova comissão técnica. Junte a isso a torcida
extremamente comovida com o afago recebido pela demonstração de gana e esforço
contínuos, no intuito de se alcançar uma qualidade e resultados além daqueles simplesmente
vinculados ao reconhecimento dos nomes
dos jogadores ou suas avaliações medianas, ou piores que isso, seja por parte
da imprensa ou mesmo da crítica interior de cada torcedor.
Fato é que René Simões, com seu
falar calmo e extremamente próximo do torcedor, tocando-o de maneira profunda
quando trata com o respeito e orgulho a torcida e tudo o que diz respeito ao Botafogo de
Futebol e Regatas, já cativou e ganhou a
confiança dos que ainda estavam desconfiados. Além disso, as posturas durante
os jogos, as substituições e a demonstração evidente de um padrão de jogo, assim como opções devidamente treinadas, seja em jogadas de bolas paradas ou em
mudanças táticas, convocam para que esse time e comissão técnica sejam
fortemente abraçados.
No jogo desse último domingo, o
Botafogo poderia voltar a experimentar um sabor conhecido por todos que
compartilham seu amor: Frustração. Uma derrota, ou que seja um empate, seriam
resultados normais e até mesmo 'psicologicamente' esperados (no mínimo com um trabalho prévio de ‘manutenção dos pés no chão’ de cada torcedor, no intuito da
desilusão não ser tão grande). Mas a vitória, e apenas ela, seria o fator garantidor
da continuidade do bom momento para a tranquilidade do time, para o trabalho da
comissão técnica e, enfim, para o gradativo aumento do apoio da torcida alvinegra,
o que vem se traduzindo em números de associados ao plano de Sócio Torcedor –
FUNDAMENTAL para a recuperação do clube.
E ela veio.
Depois de um primeiro tempo que
não chegou a ser tenso, por nenhum perigo real levado à meta de Jefferson (seja
pela falta de chegadas perigosas do Flamengo ou seja pela má qualidade de seus
atacantes nos momentos raros em que a finalização poderia ser perigosa ) mas
foi incômodo, o Botafogo conseguiu equilibrar o meio-de-campo e passou a ter as
oportunidades mais objetivas e claras de gol.
O que foi aquela falta cobrada
pelo lateral Carleto? Os treinos estão fazendo efeito!
Aos 37 do segundo tempo, Tomas (que
até agora é chamado de Tomas e Tomás, dependendo do narrador do jogo) fez a
festa da torcida alvinegra, num petardo fortíssimo que, se foi parado pela
trave, de tão lindo buscou o goleiro adversário para encontrar as redes.
O que foi aquela falta cobrada
pelo Gegê? Os treinos estão fazendo efeito!²
Fim de jogo, e a certeza de que o
caminho certo está sendo trilhado. O apoio que continue, e a torcida que se
associe cada vez mais os planos de Sócio Torcedor. Os discursos que se
mantenham alinhados e que o trabalho vença qualquer eventual artifício
extra-campo (o que, diga-se de passagem, neste jogo não ocorreu).
As entrevistas do Jefferson e do
René, no pós-jogo, são cada vez mais animadoras. E a dancinha do treinador no
momento do gol?
No ano em que todas as lástimas
eram previstas pra General Severiano, quem sabe não seremos a Fênix, de uma vez
por todas, nesse renascimento para a Glória?
Saudações Alvinegras!